Aspectos fisiológicos e bioquímicos da maturação, embebição e armazenamento de sementes da jabuticaba (Plinia cauliflora)
Nome: PATRICIA ALVAREZ CABANEZ
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 31/10/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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JOSÉ CARLOS LOPES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ADÉSIO FERREIRA | Examinador Interno |
ALLAN ROCHA DE FREITAS | Examinador Externo |
JOSÉ AUGUSTO TEIXEIRA DO AMARAL | Suplente Externo |
JOSÉ CARLOS LOPES | Orientador |
MILENE MIRANDA PRAÇA FONTES | Examinador Externo |
Páginas
Resumo: A jabuticabeira é originária do Centro-Oeste/Sul/Sudeste do Brasil e pertence à família Myrtaceae. O principal método de propagação da jabuticabeira é seminífero, devido à dificuldade de enraizamento adventício. A propagação sexuada pode ser afetada por vários fatores internos e externos, como viabilidade, dormência, maturidade fisiológica, disponibilidade de água na semente e no substrato, luz, gases e temperatura. As sementes da jabuticaba são classificadas como recalcitrantes, o que inviabiliza a sua conservação por métodos convencionais de armazenamento. Compreender as características complexas subjacentes à capacidade de conservação das sementes é de fundamental importância para a manutenção da qualidade. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho estudar aspectos físicos, bioquímicos e fisiológicos da propagação seminífera de Plinia cauliflora, caracterizando a absorção de água, a maturação, a germinação e mobilização de reservas durante o armazenamento das sementes. Para isso, foram realizados cinco experimentos conduzidos no Laboratório de Análise de Sementes e Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas do Departamento de Fitotecnia. O primeiro capítulo trata-se de uma revisão de literatura a respeito da cultura, propagação sexuada e os processos de maturação, embebição, hidrocondicionamento, armazenamento e constituição bioquímica das sementes de jabuticaba. O segundo capítulo destinou-se a estudar as alterações morfológicas e bioquímicas do processo de embebição. No terceiro capítulo foram avaliadas a fisiologia e a bioquímica da embebição. No quarto capítulo verificou-se o tempo e a temperatura de armazenamento na germinação, no vigor e no acúmulo de reservas das sementes de jabuticaba. No quinto analisou-se o hidrocondicionamento e o armazenamento das sementes de jabuticaba. No sexto capítulo estudaram-se as alterações nos processos de germinação, vigor e reservas das sementes em função da embalagem e do tempo de armazenamento. Concluiu-se que a maturidade fisiológica de sementes de jabuticaba é obtida após 35 dias da antese, com a máxima germinação e vigor, apresentando menor teor de água e maior acúmulo de massa seca. Maior
qualidade fisiológica das sementes de jabuticaba na maturação coincide com o maior acúmulo de lipídios, carboidratos, proteínas e amido. A curva de embebição não segue o modelo trifásico e em sementes de jabuticaba há redução nas reservas de carboidratos, amidos e lipídios e aumento das proteínas com o avanço da embebição. A melhor temperatura para o armazenamento de sementes de jabuticaba é de 6 ºC por 18 dias. Ocorre redução na germinação e no vigor com o aumento do período de armazenamento, com maior degradação de carboidratos, proteínas, lipídios e amido. O hidrocondicionamento, com posterior secagem por 12, 24 e 48 horas para redução parcial no teor de água, é um método adequado para a manutenção da germinação e vigor das sementes. As sementes hidrocondicionadas após 96 horas de secagem apresentam menor desempenho em relação aos tempos de secagem estudados. A melhor embalagem para o armazenamento de sementes de jabuticaba por 20 dias é o saco plástico transparente de 0,10 mm de espessura. Há maior degradação de carboidratos e proteínas nas sementes de jabuticaba acondicionadas no saco de papel tipo kraft.