Maturação de frutos de variedades de laranjeiras-doce sobre diferentes porta-enxertos no extremo sul do estado da Bahia.
Nome: LUSIANE DE SOUSA FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/02/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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MOISÉS ZUCOLOTO | Co-orientador |
MOISÉS ZUCOLOTO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DIMMY HERLLEN SILVEIRA GOMES BARBOSA | Examinador Externo |
EDUARDO AUGUSTO GIRARDI | Examinador Externo |
FABIO LUIZ DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
MATEUS PEREIRA GONZATTO | Examinador Externo |
MOISÉS ZUCOLOTO | Orientador |
Resumo: A determinação da maturação dos frutos de laranja é fundamental para atender
os padrões de qualidade exigidos tanto para o consumo in natura como para a
indústria. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a maturação de frutos
de 59 variedades de laranjeiras-doces sobre quatro variedades de portaenxertos, no Extremo Sul do Estado da Bahia. O experimento foi conduzido na
área experimental da Fazenda Chão Bello, Município de Ibirapuã (BA),
constituído por 59 variedades de laranjeiras-doces sobre quatro porta-enxertos,
totalizando 236 tratamentos. Em cada unidade experimental foram selecionadas
três plantas aleatórias e coletados quatro frutos no terço médio da planta ao
redor da copa. As variáveis avaliadas foram massa dos frutos, rendimento de
suco, concentração de sólidos solúveis, acidez titulável e índice de maturação
ou ratio. As análises estatísticas foram com base na metodologia dos modelos
mistos (REML/BLUP), pelo método da máxima verossimilhança restrita (REML)
e pela melhor predição linear não viesada (BLUP), Modelo 63. Foram realizadas
análises de deviance, conjunta e individual, verificação do comportamento das
características por grupo de laranjas (Natal, Pera, Valência e Outras cultivares),
e seleção de combinações copa/porta-enxertos com predição dos valores
fenotípicos permanentes. Na análise conjunta, as combinações copa/portaenxerto diferiram estatisticamente para os parâmetros avaliados. Foram
observados efeitos significativos dos tratamentos para acidez titulável e ratio
(Natal), sólidos solúveis (Pera, Natal, Valência e Outras cultivares) e rendimento
de suco (Valência e Outras cultivares). Na avaliação do comportamento dos
parâmetros de qualidade, para os grupos Pera e Outras cultivares, a
concentração de sólidos solúveis, rendimento de suco e ratio se enquadraram
dentro dos requisitos mínimos de qualidade pré-estabelecido para frutos de
mesa. As variáveis rendimento de suco (55,05 a 60,05 %) e sólidos solúveis
(10,70 a 12,38 °Brix) foram superiores ao que é proposto como mínimos para
frutos de mesa. Em contrapartida, acidez titulável (1,66 a 2,53 % de ácido cítrico)
e ratio (5,77 a 9,21) não atingiram tais parâmetros na análise de seleção
individual para os grupos Pera, Natal, Valência e Outras cultivares. Com base no
maior número de ocorrência, os citrandarins San Diego, Riverside e Indio,
seguido pela tangerineira Sunki Tropical, se destacaram sobre os parâmetros
sólidos solúveis, acidez titulável, ratio e rendimento de suco. As cultivares copa
Pera C-32, Pera D-32, Pera D-9, Melrosa, Pera Olímpia, Pera C-21,
Valência CNPMF, Crescent, Lambs Summer, Diva, Valência Chapman,
Natal 02 e Flor Brumadinho foram elencadas em até três características a partir
da análise conjunta. Nessa seleção, merece destaque as combinações
Riverside / Pera D-9, Riverside / Pera C-32, San Diego / Pera D-3, Sunki
Tropical / Pera Olímpia, Sunki Tropical / Valência CNPMF, Sunki Tropical /
Diva', Indio / Melrosa, Sunki Tropical / Pera D-6 e Riverside / Pera C-21
pertencentes ao grupo Pera, Natal e Valência. Essas são as cultivares com maior
potencial de exploração comercial pelo desempenho inicial sobre as variáveis de qualidade nas condições do Extremo Sul do Estado da Bahia.