PERFIL SENSORIAL E QUÍMICO DE CAFÉS ARÁBICA SUBMETIDOS A DIFERENTES PROCESSAMENTOS: INFLUÊNCIA DA FACE DE EXPOSIÇÃO E ALTITUDE

Nome: LEANDRO MENDEL DA CRUZ

Data de publicação: 31/10/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EMANUELE CATARINA DA SILVA OLIVEIRA Examinador Externo
JOSE FRANCISCO TEIXEIRA DO AMARAL Presidente
LUCAS LOUZADA PEREIRA Coorientador
MARCELO ANTONIO TOMAZ Examinador Interno
ROGÉRIO CARVALHO GUARÇONI Examinador Externo

Resumo: A qualidade da bebida do café tem sido cada vez mais importante para os consumidores da bebida, e consequentemente, para os produtores desses grãos. A região do Caparaó Capixaba é notadamente uma região produtora de cafés com perfis sensoriais distintos e com alta qualidade. A interação dos diversos fatores como das características climáticas da região de cultivo e os modos de processamento podem resultar em uma bebida de sabor singular. Objetivou-se no presente estudo avaliar e caracterizar os perfis sensoriais e químicos dos cafés arábica produzidos em seis ambientes distintos na região norte do Caparaó Capixaba (770 SE, 770 S, 950 S, 950 O, 1050 N e 1050 SE), submetidos a quatro processamentos pós-colheita (despolpado, fermentação com leveduras, descascado e natural), bem como as relações com as condições climáticas em função da face de exposição e da altitude da lavoura. A colheita dos frutos no estádio de cereja (maduros) foi realizada de forma manual e seletiva. Os grãos foram processados, secados, torrados, moídos e depois foram realizadas análises sensoriais com base na qualidade de bebida, de acordo com a metodologia de análise sensorial da Specialty Coffee Association (SCA). Foi utilizada a espectroscopia na região do infravermelho médio como técnica complementar a fim de identificar diferenças na composição química para melhor compreensão dos possíveis determinantes da qualidade final da bebida. A caracterização climática de cada experimento foi realizada através dos dados de radiação solar, precipitação, temperaturas máxima e mínima. Os resultados permitem concluir que em cada altitude avaliada, as maiores notas da bebida foram obtidas em plantas cultivadas em 770 SE, 950 O e 1050 SE. No entanto, comparando os seis locais de cultivo, a maior e a menor nota na avaliação sensorial foram obtidas a partir de grãos produzidos nos ambientes 1050 SE e 770 S, respectivamente. Os resultados obtidos no estudo também sugerem que o clima exerce forte influência na qualidade final da bebida do café. O tipo de processamento não foi significativo para a qualidade final da bebida, exceto para o tratamento natural a 770 m. Plantas em diferentes altitudes associadas a condições climáticas produziram cafés com perfis sensoriais e químicos distintos. O agrupamento dos experimentos através da análise de componente principal foi capaz de formar grupos distintos compatíveis com as avaliações sensoriais. A espectroscopia de infravermelho foi capaz de identificar diferenças químicas entre os experimentos avaliados neste estudo.

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