PROSPECÇÃO, CARACTERIZAÇÃO DE NOVOS BACTERIÓFAGOS E DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO PARA O CONTROLE DE Ralstonia solanacearum EM TOMATEIRO

Nome: VANESSA SESSA DIAN

Data de publicação: 25/03/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRA GONÇALVES DE MELO Coorientador
ANDRE DA SILVA XAVIER Presidente
CARLOS EDUARDO COSTA PAIVA Examinador Externo
ELINEIDE BARBOSA DE SOUZA Examinador Externo
FABIO RAMOS ALVES Examinador Interno

Páginas

Resumo: A murcha bacteriana, causada pelo complexo de espécies Ralstonia solanacearum (CERS), gera prejuízos à produtividade de culturas economicamente importantes. Atualmente não há medidas de controle eficientes contra essas fitobactérias, destacando a necessidade de desenvolver métodos de controle ecológicos e eficientes para proteger cultivos agrícolas. O uso de bacteriófagos (fagos) como agentes de biocontrole é uma estratégia segura, sustentável e promissora. Esta pesquisa objetivou discutir os avanços recentes sobre a aplicação de fagos na proteção de cultivos agrícolas, assim como isolar e caracterizar novos fagos capazes de infectar o CERS. Além disso, esse estudo avaliou a sinergia e a estabilidade desses fagos em diferentes níveis de pH, propôs formulações de coquetéis para o biocontrole da murcha bacteriana em tomateiros e analisou as respostas do patógeno aos fagos. Para isso, os fagos foram caracterizados através de análises biológicas e moleculares, e dois deles foram selecionados quanto à atividade lítica, capacidade de sobreviver em ampla faixa de pH, sensibilidade e virulência contra mutantes bacterianos resistentes aos fagos (BIMs). Coquetéis foram formulados para suprimir a murcha bacteriana em plantas de tomateiro, e seus rendimentos e viabilidade após armazenamento foram analisados. Um total de oito novos fagos foram caracterizados biologicamente. Sete deles tiveram seus genomas sequenciados e anotados. Sua análise de genômica comparativa mostrou que os sete novos fagos são isolados biologicamente contrastantes de uma mesma espécie atribuída a um novo gênero, tentativamente nomeado de ‘Kapixawavirus’. Estes fagos são mais virulentos contra as cepas de R. solanacearum isoladas no Brasil. Dois desses isolados virais, Kapixawa e Elisiario, sobreviveram em pH 4 a 11 por 10 dias e reduziram a frequência de BIMs. O coquetel viral, constituído da mistura de dois fagos e um isolado avirulento de R. solanacearum, protegeu 40% das plantas de tomate contra murcha bacteriana. O novo grupo de fagos descrito pode ser utilizado em abordagens de baixo custo para produzir coquetéis e abre novos caminhos para o manejo ecológico da murcha bacteriana.

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