Euterpe edulis x estresses ambientais: morfofisiologia da germinação e desenvolvimento inicial das mudas, genética e epigenética
Nome: ISABELLA SOBREIRA ALEXANDRE ASSIS BATISTA
Data de publicação: 01/08/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ADESIO FERREIRA | Coorientador |
| ELAINE MANELLI RIVA SOUZA | Examinador Externo |
| JOSE CARLOS LOPES | Examinador Interno |
| LIANA HILDA GOLIN MENGARDA | Coorientador |
| MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA | Presidente |
Resumo: Euterpe edulis Mart., é uma palmeira nativa de Floresta Atlântica, ameaçada de extinção, cujas sementes foram analisadas quanto à emergência e desenvolvimento inicial sob diferentes condições de estresses térmico e salino. As sementes foram provenientes de Rio Novo do Sul – ES (morfotipo típico) e Vargem Alta – ES (morfotipo Santa Marta), e foram analisadas em câmaras tipo BOD (Demanda Bioquímica de Oxigênio) utilizando- se temperaturas de 10–25; 25 e 25–35 °C, no Laboratório NEBES da Universidade Federal do Espírito Santo e em casa de vegetação (CV), com soluções salinas de NaCl, nas concentrações de -0,25 e -0,5 MPa, além de controle com água pura. Os genótipos de Rio Novo do Sul apresentaram maior vigor e tolerância ao estresse, especialmente o RN 879 e RN 980, com destaque para o RN 879, em condições ideais (53% de emergência em CV água) e o RN 980 sob estresse térmico, com temperatura alta (30% de emergência em BOD 25–35 °C). Genótipos de Vargem Alta apresentaram baixa emergência (<12%) e maior sensibilidade térmica e osmótica. Não houve germinação sob -0,5 MPa. O desempenho inicial foi afetado pelas origens ambientais e genéticas. A emergência e o desenvolvimento inicial de Euterpe edulis foram significativamente influenciados por estresses térmico e salino, com a resposta sendo determinada pela origem genética e ambiental das sementes. A tolerância superior dos genótipos de Rio Novo do Sul (especialmente RN 879 e RN 980) está associada a suas condições climáticas, enquanto a sensibilidade dos genótipos de Vargem Alta evidencia sua vulnerabilidade em cenários de aumento de temperatura. A inibição total da germinação sob -0,5 MPa reforça a sensibilidade da espécie ao déficit hídrico. Conclui-se que a variabilidade genética é crucial para a adaptação da espécie, e a seleção de genótipos tolerantes é fundamental para programas de conservação face às mudanças climáticas.
