Qualidade química da água para irrigação no município de Alegre ES
Nome: SAMUEL FERREIRA DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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GIOVANNI DE OLIVEIRA GARCIA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EDVALDO FIALHO DOS REIS | Examinador Interno |
GIOVANNI DE OLIVEIRA GARCIA | Orientador |
GUSTAVO HADDAD SOUZA VIEIRA | Examinador Externo |
ROBSON BONOMO | Examinador Externo |
Resumo: A prática da irrigação em culturas promove o desenvolvimento em diversas regiões. Logo o conhecimento da qualidade da água utilizada nesta técnica é fator fundamental, que normalmente é negligenciado no momento da elaboração de projetos. Como consequência, a água de irrigação, quando em qualidade inferior, pode produzir efeitos negativos à cultura e ao solo ou mesmo servir como veículo para disseminação de doenças à população, no momento que ocorre a ingestão dos alimentos. Nesse sentido, objetivou-se, com a realização deste estudo, avaliar a
qualidade química da água de irrigação proveniente de cinco pontos de captação que suprem diferentes projetos de irrigação (microaspersão, gotejamento, aspersão fixa, aspersão móvel e canhão) no município de Alegre - ES. Foi realizado um monitoramento químico da água, durante os meses de novembro de 2011, janeiro, março, maio e julho de 2012, em que foram realizadas cinco amostragens de água com três repetições em cada mês, nos pontos de captação da água de cada projeto selecionado. Após coletadas, as amostras foram encaminhadas ao laboratório para determinação da condutividade elétrica (CE) e do pH. Também foram quantificados os teores de sódio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, boro e manganês. De posse dos resultados de sódio, cálcio e magnésio determinou-se a razão de adsorção de sódio (RAS). A classificação da qualidade química da água de cada
ponto de captação no período monitorado foi feita utilizando duas metodologias, sendo, uma desenvolvida por Ayers e Westcot e outra proposta pelo Laboratório de Salinidade dos Estados Unidos. Com os resultados obtidos verificou-se, segundo a metodologia proposta por Ayers e Westcot, que as águas nos cinco pontos de captação monitorados não apresentaram restrição ao uso quando relacionado à
salinidade, não acarretando, assim problemas quanto à absorção de água pelas raízes devido à alteração do potencial do solo. A água nos pontos de captação que abastecem os projetos de irrigação por microaspersão, gotejamento, aspersão fixa e canhão são classificadas como, apresentando severo grau de restrição ao uso. Sendo necessário, adotar um manejo adequado para que não ocorram danos à estrutura do solo. Por outro lado, a água no ponto de captação que abastece o
projeto de irrigação por aspersão móvel apresenta moderado grau de restrição ao uso. Esta pode ser usada em solos de boa drenagem, sem apresentar problemas de infiltração da água no solo. Verificou-se que a concentração de sódio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, boro e manganês na água dos pontos de captação estudados, não estão em concentrações que apresentem problemas de toxicidade por íons específicos, ou seja, sem restrições para o uso das águas. Utilizando a
classificação proposta pelo Laboratório de Salinidade dos Estados Unidos, verificouse que, com exceção da água no ponto de captação que abastece o projeto de irrigação por aspersão móvel, todas as demais foram classificadas como sendo C1S1, ou seja, baixo risco de salinização ou sodificação do solo. Por sua vez a água no ponto de captação correspondente ao projeto de irrigação por aspersão móvel foi
classificada como, sendo C2S1, ou seja, médio perigo de salinização do solo. Em uma avaliação temporal, pode-se dizer que a qualidade da água nos pontos de captação estudados no município de Alegre - ES, variou, sendo classificadas em uma avaliação geral como de boa qualidade para uso na irrigação.