Transferibilidade de marcadores microssatélites e adaptação de Trichogramma Pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) sob estresse de temperatura
Nome: LUIS MOREIRA DE ARAUJO JUNIOR
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 28/02/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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DIRCEU PRATISSOLI | Co-orientador |
HUGO BOLSONI ZAGO | Orientador |
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DIRCEU PRATISSOLI | Coorientador |
FABRÍCIO FAGUNDES PEREIRA | Examinador Externo |
GILBERTO SANTOS ANDRADE | Examinador Externo |
HUGO BOLSONI ZAGO | Orientador |
MARCIA FLORES DA SILVA FERREIRA | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: O controle biológico por meio de liberações de parasitoides, em especial o Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) tem se constituído uma ferramenta importante no desenvolvimento de uma agricultura saudável no intuito de manter a produtividade e qualidade dos cultivos com o mínimo possível de resíduos tóxicos sintéticos. Porém, a inadaptabilidade do inseto a temperaturas elevadas possui o entrave que consiste na alta mortalidade em condições constantes superiores a 25°C. Com isto, nota-se a necessidade de obtenção de linhagens adaptadas a temperaturas consideradas estressantes. Logo, objetivou-se avaliar a longevidade e correlaciona-la com as demais características biológicas de T. pretiosum, submetido a condições de estresse de temperatura por sucessivas gerações. O T. pretiosum foi coletado em área cultivada com milho no município de Alegre-ES para posterior multiplicação em laboratório. O experimento ocorreu com fêmeas da nona geração da população criada no laboratório. Estas foram submetidas a um tratamento controle (condicionamento a 25°C com fêmeas individualizadas ao acaso) denominado 25A, e duas condições de estresse de temperatura (33 °C) por 15 gerações. Na primeira, as progênie eram individualizadas ao acaso de qualquer progenitora, por isso denominado 33A, enquanto que no segundo eram apenas das progenitoras mais longevas, assim por haver seleção destas denominou-se o tratamento de 33S. Verificou-se que houve dependência significativa das frequências de longevidade das fêmeas com os tratamentos 33A e 33S em P<0,05 e P<0,01, respectivamente, enquanto que não houve dependência no tratamento controle (P>0,05), o que não caracterizou uma condição de estresse. No 33A, os indivíduos com longevidade (0,0 | 1,4 dias) se manteve abundante em todas as gerações, com o surgimento de indivíduos com longevidade (5,6 | 7,0 dias) a partir da sétima geração e constância na 13º, 14º e 15º geração. No 33S, os indivíduos com longevidade entre (0,0 | 1,4 dias) se manteve abundante apenas até a terceira geração. Da quarta a quinta geração abundou a longevidade (1,4 | 2,8 dias), da sexta a 12° geração a longevidade (2,8 | 4,2 dias) e da 14º a 15º geração a longevidade (4,2 | 5,6 dias). A partir da sétima geração houve o aparecimento de indivíduos com longevidade (5,6 | 7,0 dias) com aumento gradual até a 15º geração. A variável longevidade apresentou correlação significativa (P<0,01) positiva com o tamanho da tíbia, ovos parasitados, emergência, período ovo-adulto e razão sexual; e negativa com indivíduos deformados. Houve alteração na estrutura genética no 33A apenas a partir da 13° geração o que acarretou na formação de dois grupos. No tratamento 33S foram formados três grupos, o primeiro ainda nas gerações 1 e 2, o segundo entre as gerações 3 e 7 e o terceiro grupo entre as gerações 8 e 15. Portanto, o tratamento 33S apresentou-se como a condição que induziu o maior aparecimento de indivíduos longevos ao longo das gerações, e consequentemente variabilidade genético em menos tempo, sem comprometer as demais características biológicas.